Categoria: Depoimento

  • Kennedy | canadense relata sua experiência no nosso programa de reabilitação

    Kennedy | canadense relata sua experiência no nosso programa de reabilitação

    Os três meses que passei na Eco Caminhos foram uma das experiências mais transformadoras da minha vida. A combinação do oásis da natureza, o trabalho, a construção da fazenda e os diversos voluntários calorosos me permitiram encontrar a paz, a estabilidade interior e enxergar a mim e aos outros com mais clareza. 

    O ritmo de vida na natureza foi uma mudança bem-vinda, venho da cidade exigente e muitas vezes caótica e, esse ambiente realmente permite que os indivíduos desacelerem e se tornem mais envolvido com as coisas simples.

    Acordar e abrir a porta para as montanhas tropicais nas suas cores verdes refrescou e me excitou a cada dia e a incrível diversidade de vida selvagem: espécies de vegetação, insetos e pássaros e, novas coisas para ficar curioso e aprender sobre. 

    O jardim de permacultura era diverso e cheio de vida. Foi interessante e esclarecedor ver sistemas naturais complexos funcionando de uma forma alternativa e sustentável aos métodos agrícolas tradicionalmente. A natureza física do trabalho pode ser exigente, mas todos fazem o melhor que podem no seu próprio ritmo. Com o tempo eu me senti preenchida, com nova força e energia.

    As refeições no Eco Caminhos eram momentos de estar em comunidade e compartilhar alimentos saudáveis, a maioria sendo vegetais orgânicos do jardim. Os voluntários se revezam na culinária, um desafio divertido e criativo para alimentar mais ou menos 20 pessoas, oferecendo uma excelente oportunidade para quem quer aprender mais sobre culinária vegana e saudável de uma forma acessível e sustentável.

    Os voluntários eram todos calorosos e abertos, as diferenças de perspectivas e posições na vida criaram um ambiente para aprender a coexistir com a diversidade e aceitar os outros em seu verdadeiro ser. Noites de jogos e noites de cinema, bem como conversas até de madrugada em torno de uma fogueira que reunia a todos.

    No geral, minha experiência na Eco Caminhos enriqueceu muitas partes da minha vida. Saí sentindo-me mais saudável, mais enérgica, mais aberta e entusiasmada com a vida, com a esperança de saber que muitos projetos como este são dedicados a encontrar um modo de vida que respeite e assuma a responsabilidade pelo planeta e pessoas que nele habitam. 

    Estou cheia de gratidão por ter tido a oportunidade de experimentar este lindo lugar repleto de pessoas adoráveis.

    Obrigado por tudo!

    por Kennedy

    Quer saber mais sobre o programa de reabilitação na Eco Caminhos? Clique aqui.

  • Entrevista | Maria encontrou muito mais que esperava em sua experiência ao se voluntariar a curto-prazo

    Entrevista | Maria encontrou muito mais que esperava em sua experiência ao se voluntariar a curto-prazo

    Maria encontrou muito mais que esperava em sua experiência como voluntária de curto-prazo

    Maria decidiu viajar para o Brasil para fugir da sua rotina nos Países Baixos. E escolheu o projeto da Eco Caminhos como sua nova experiência de vida. Sua ideia ao se voluntariar no programa de curto-prazo era buscar um local silencioso e com paisagens lindas, que fossem totalmente diferente das quais já estava acostumada a ver no seu país. E em entrevista ao nosso site, Maria falou um pouco sobre toda essa experiência que lhe surpreendeu.

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    O que você esperava encontrar aqui ao se voluntariar na Eco Caminhos antes de chegar?

    Eu realmente não esperava nada, mas eu tinha um desejo. Meu desejo era sair um pouco da minha vida nos Países Baixos. Eu precisava realmente ficar distante e achar silêncio, natureza e pessoas de mente aberta. É, eu estava ansiosa por trabalhar neste projeto, mas de uma maneira bem definida envolvendo trabalho físico ao invés de mental.

    O que fez com que você escolhesse o projeto da Eco Caminhos

    Eu já conhecia o Bart (fundador e CEO do projeto) nos Países Baixos e eu escutei algumas boas histórias a respeito da Eco Caminhos de outras pessoas que já tinha visitado o projeto.

    Você teve o que esperava nessa nova experiência? E o que você vai levar dessa experiência para a sua vida?

    Eu tive muito mais que eu esperava. Eu estava mais cansada que eu pensava. Quando eu decidi vir para a Eco Caminhos eu imaginava que poderia trabalhar pesado e pensava: “Por que eles estão incluindo dias de folga em minha rotina? Eu quero trabalhar, quero fazer coisas”. Mas eu realmente precisava de um tempo para me desligar. E eu fiquei feliz que aqui eu tive muito espaço para mim, me ajudando a encontrar o que eu precisava. Eu fui capaz de me reconectar completamente comigo mesma. E essa reconexão eu levarei para a casa.

    O que você mais gostou ao se voluntariar aqui na Eco Caminhos?

    Isso é algo difícil de falar. Porque você está me perguntando para comparar muitas coisas bonita, criando uma competição entre elas. E isso é impossível para mim. Tem muitas coisas que eu realmente apreciei aqui. Mas eu sempre estive procurando por mais silêncio. Isso é uma coisa pessoal e que é muito difícil de achar nos Países Baixos. E conseguir entrar em contato com esse silêncio, com as montanhas, a natureza – e essa nova natureza, completamente desconhecida, com pássaros que eu não conheço, plantas e até a luminosidade. Foi uma experiência muito boa. Literalmente é tudo muito diferente do meu país natal. E eu aproveitei muito e realmente achei tudo que procurava aqui.

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    Essa experiência lhe ajudou a evoluir como pessoa?

    Com certeza. Depois dessa experiência eu acredito que passarei a viver pensando mais em mim que nos outros. Eu vivi uma vida servindo outras pessoas e eu aprendi e aproveitei muito com isso, mas teve um ponto que eu sabia que eu tinha que mudar essa situação e para mim a Eco Caminhos foi o local certo para fazer essa virada.

    As vezes é um pouco difícil de se adaptar a locais diferentes. Qual é o conselho que você poderia dar às futuras pessoas que querem se voluntariar?

    Para mim foi difícil de me adaptar. Especialmente se você vier da Europa, acredito que levará mais tempo para adaptar ao clima e a tudo de novo que se encontra por aqui. Significou também um encontro comigo mesma e isso foi muito valioso para mim. Meu conselho seria apenas seguir o fluxo e confiar que tudo ficará bem.

    Sua família vai chegar na Eco Caminhos em breve. O que você espera e o que você pensa sobre a percepção da sua família sobre sua experiência aqui?

    Estou ansiosa para compartilhar essa experiência com eles. Minha filha, que atualmente está escrevendo sua tese sobre diferentes maneiras de fazer agricultura, está interessada na permacultura, na agrofloresta e na maneira que esse projeto foi montado. Meu marido é um construtor e com certeza vai querer ver os projetos de bioconstrução. É muito valioso ver esses projetos que estão realmente acontecendo e funcionando. Isso nos dá esperança e perspectiva sobre uma nova maneira de viver.

    O que você recomenda para os novos voluntários da Eco Caminhos?

    Minha primeira recomendação é: “Faça”. E talvez: “Fique mais tempo”. Eu estou aqui por seis semanas e agora me sinto muito mais integrada que na primeira semana. É uma pena que eu tenha que ir embora quando eu realmente estava integrando e participando do projeto.

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    Quais foram os seus melhores momentos aqui na Eco Caminhos?

    Foram as pessoas que encorpam este projeto. Eu não vim com expectativas, mas claro, eu não esperava essa hospitalidade, interesse e integridade… Isso foi muito tocante para mim. E então eu tive momentos muito bons trabalhando na horta e no galinheiro e também em meus momentos de quietude interna. Fazendo trabalho simples, mas com profunda atenção. Eu estava aqui na Eco Caminhos por mim. O trabalho que fiz aqui foi parte de um projeto, mas foi para mim. Esses são definitivamente momentos de ouro.

    O dia que fizemos o arco de pedra no galinheiro também foi um dos meus melhores momentos aqui. Tivemos muita diversão trabalhando juntos e ver ele finalizado no final do dia, sabendo que ficará lá, imaginei as galinhas passando por ele… Me fez sentir que deixei, de alguma maneira, a minha marca aqui. E não dá para esquecer das comidas. Todos os dias a comida do almoço eram boas, quentes e saudáveis. E a noite dos voluntários era ainda mais impressionante. Absolutamente um dos melhores momentos, com todo mundo fazendo seu melhor para preparar alguma coisa especial para dividir com os outros. E isso, para mim, é o que o projeto é realmente: fazer algo especial e dividir com outros.

    Gostou da experiência de Maria? Você também pode ser um voluntário Eco Caminhos.

    Indeciso se vale a pena? Você também pode ler como foi a experiência de Catalin.

    Tanja foi outra de nossas voluntárias que falou conosco sobre sua experiência.

  • Entrevista | Trabalhar como voluntário na Eco Caminhos foi a experiência mais importante da vida de Catalin

    Entrevista | Trabalhar como voluntário na Eco Caminhos foi a experiência mais importante da vida de Catalin

    Catalin Ghila resolveu mudar totalmente de vida aos 34 anos. O romeno, que trabalhava como motorista de caminhão no Reino Unido, se cansou do estilo de vida que tinha  e resolveu seguir um antigo sonho de visitar o Brasil. Na busca por algum projeto que alimentasse seu desejo por mudança ele encontrou a Eco Caminhos. Em entrevista ao nosso site, Catalin contou um pouco o que passou durante os seis meses que esteve trabalhando como voluntário na nossa eco fazenda em Cardinot, Nova Friburgo. Confira:

    Eco Caminhos, lifestyle, volunteer, voluntariado, alternativo, voluntárioO que te motivou a viajar para o Brasil e fazer parte do Eco Caminhos como voluntário?

    Então, há 10 anos, talvez mais, eu comecei a sonhar a respeito do Brasil. Eu fui pego pela Bossa Nova e pelo Sepultura ao mesmo tempo. E isso me deixou curioso para visitar o país e saber o que motivava as pessoas desse país a criarem esses tipos de músicas.

    E em 2017 eu decidi fazer uma mudança em minha vida. Dar um tempo de tudo e começar a fazer alguma outra coisa. Eu me lembrei a respeito do meu sonho com o Brasil e então decidi torná-lo realidade.

    Eu era um motorista de caminhão no Reino Unido e queria fazer algo diferente, mais físico e com um bom grupo de pessoas. Então eu comecei a procurar por programas de voluntariados no Brasil, onde eu poderia fazer as coisas nas quais eu estava buscando.

    E foi assim que eu conheci a Eco Caminhos, no site worldpackers.com. Eu fiquei maravilhado com o cenário que eles tinham em Cardinot, com o projeto e com a maneira que eles se apresentaram, então eu disse para mim mesmo: “esse é o lugar certo para mim e é o que eu estava procurando”; então eu me inscrevi. Tive uma resposta positiva do Bart e foi assim que minha experiência começou. Uma experiência que mudou minha vida.

    Foi a experiência que você estava esperando? Você conseguiu encontrar o que os brasileiros têm para criar sons como Bossa Nova e o metal do Sepultura?

    Ser um voluntário na Eco Caminhos foi de longe a melhor experiência da minha vida. Para ser honesto, eu tirei dela muito mais que eu esperava… Eu ganhei novos amigos, novas perspectivas de vida e consegui fazer coisas que nunca tinha me visto fazer.

    E eu posso dizer que eu consegui encontrar o porquê dos brasileiros serem capazes de criar tantas coisas espetaculares. Eles simplesmente amam a vida, amam isso e tiram o máximo que podem disso.Eu vejo os brasileiros como pessoas legais, calorosos e felizes, no geral. E por serem assim eles são capazes de ver a vida de uma maneira diferente que nós vemos na Europa.

    Qual a sua dica para as pessoas que estão hesitando em fazer parte do projeto?

    Hesitar? Por que hesitar em fazer parte de um grande projeto como o Eco Caminhos? As pessoas nele são ótimas, o local é ótimo, o trabalho é ótimo (mesmo se você suar, ficar queimado do sol se você não usar protetor solar — se molhar quando chove, ou se cansar de andar colina acima até o Eco Lodge)… Então não tem razões para ficar hesitante em relação ao Eco Caminhos.

    Todos os esforços irão valer à pena de alguma maneira, porque com trabalho pesado vem grandes recompensas. Então minha dica para essas pessoas que estão hesitantes sobre se juntar ao Eco Caminhos seria um simples: diga sim para a experiência! Eu tenho certeza que Bart e qualquer outra pessoa vai cuidar bem dessa pessoa e a deixar confortável assim como estavam todos os voluntários que eu conheci lá.

    Você tem algum local favorito dentro da eco-fazenda?

    Eu acho que gosto da estrada e dos arbustos. Eu fui designado o responsável por trabalhar nas trincheiras (drenos para o caminho da água da chuva nas estradas) e cortar os arbustos e por isso posso dizer que era meu local favorito lá. Mas eu gostei de trabalhar em qualquer lugar e essa é a beleza de lá, porque você pode trabalhar em diferentes projetos e no final escolher um que lhe caiba melhor. Eu realmente gostei de todos os lugares da eco-fazenda.

    Quais foram as principais dificuldades que você experimentou durante sua estadia como voluntário no Eco Caminhos?

    Se acostumar com o programa, com o calendário… Eu também tive que me acostumar com as pessoas de lá, os outros voluntários e suas personalidades. Eu acho que isso foi a coisa mais difícil para se fazer, porque eu não estava acostumado a trabalhar em equipe com outras pessoas e nem mesmo viver com elas. Mas agora eu fico feliz e grato por ter essa oportunidade, porque eu aprendi novas habilidades de vivência e ainda fiz bons amigos.

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    Como foi seu primeiro dia no Brasil? A viagem do Rio de Janeiro para Cardinot ocorreu bem?

    Bem, meu primeiro dia no Rio eu fiquei surpreso em ver como era quente e úmido lá, mas eu me acostumei em alguns minutos. A viagem com Patrique (motorista parceiro da Eco Caminhos) do Rio para Cardinot foi muito legal porque ele é uma boa companhia e também porque eu tive a chance de ver com o que o Brasil se parecia de verdade.  Eu fiquei muito feliz com a viagem de carro.

    E o seu último dia? Foi difícil dar adeus a todo mundo?

    A sim! Eu fiquei com os olhos cheio de lágrimas e foi muito difícil dar adeus para o pessoal que estava lá sabendo que poderia ser a última vez que os veriam, ou pelo menos em um futuro próximo. Eco Caminhos foi de longe a melhor experiência que eu vivi e foi muito muito difícil de dizer adeus, encerrando meus seis meses que passei lá.

    Você gostaria de dizer mais alguma coisa?

    Eu gostaria de desejar que todas as pessoas continuem a fazer o bom trabalho que eles estão fazendo e para os futuros voluntários aproveitarem a experiência Eco Caminhos o tanto quanto eu aproveitei.

    Você quer vivenciar uma experiência diferente igual Catalin teve? Confira nossos programas de voluntariado.

  • Entrevista com Tanja: voluntária da Dinamarca no Brasil

    Entrevista com Tanja: voluntária da Dinamarca no Brasil

    Tanja por que você decidiu ser voluntária na Eco Caminhos?

    Eu queria fazer algo diferente. Eu estava estudando na Dinamarca e tinha muitos sonhos sobre como viver de forma mais ecológica. Na Dinamarca eu comprava alimentos orgânicos e tinha muitas ideias sobre como eu queria viver mais em harmonia, mas achava difícil, pois morava em um local urbano. Quando eu vi o site da Eco Caminhos e li sobre a fazenda, eu pensei que este poderia ser o local ideal para mim. A fazenda é localizada no Brasil, o que significa muito para mim, pois eu nasci no Brasil.

     

    Qual foi a sua primeira impressão ao chegar na fazenda?

    Quando eu cheguei era de noite, por isso não pude ver muita coisa. Apenas percebi que a fazenda era localizada em um local muito alto. No dia seguinte quando eu abri a janela eu perdi o fôlego porque a vista era maravilhosa. Eu estava impressionada com a beleza do local. A equipe me recebeu de braços abertos. Fui até a casa do Bart, de onde eu pude ter uma vista belíssima de Cardinot e eles me mostraram a cachoeira da propriedade. Tive a certeza que existe muita beleza escondida no mundo e que você não poderá saber disso se não sair da sua zona de conforto.

     

    Como é o seu dia-a-dia na fazenda?

    Eu estou trabalhando como voluntária de curto-prazo, o que significa que eu trabalho três dias por semana e tenho dois dias de folga. Meus horários são flexíveis. Meu primeiro trabalho foi na horta onde plantamos e regamos mudas de plantas. Eles queriam me dar uma experiência completa das coisas que se pode fazer na fazenda, então me perguntaram se eu queria participar da bioconstrução do galinheiro, eu achei a ideia boa, pois eu quero construir a minha própria casa. Também me mostraram o ecolodge, outro trabalho que estão realizando com bioconstrução, trabalhei lá durante um dia. A vida em uma fazenda é muito imprevisível, mas nós trabalhamos sempre em equipe, o que significa que se algo não funciona bem nós vamos nos ajudar, para fazer com que aquilo funcione. Pode ser desde consertar uma cercas que as vacas destruíram, ou até mudar a programação de trabalho se chove muito. Cada dia é diferente do outro.

     

    Como é a vida social na fazenda?

    Quando eu cheguei a maioria das pessoas da equipe já estavam aqui há mais tempo, eles já tinham uma estrutura a qual eu deveria me adaptar. No início não foi fácil, mas aos poucos descobri que quanto mais eu me envolvia nas atividades como a noite dos voluntários e a noite do cinema mais eu me aproximava dos membros da equipe. Se me comportava de forma positiva, eles também eram positivos comigo. Fiz muitos amigos e sou muito agradecida por isso.

     

    O que você aprendeu dessa experiência até agora?

    Aprendi muito sobre como os meus pensamentos e minhas ações podem se tornar mais harmoniosos. Desde o início eu queria viver de modo orgânico e a Eco Caminhos me deu as ferramentas para fazer isso na prática. Eu obtive muito mais dessa experiência do que eu imaginava no início. Levo comigo novas amizades de pessoas do mundo inteiro. Me sinto mais forte e não duvido mais de mim mesma. Sinto que eu estou de bem com o mundo e que tenho a força de concretizar os meus sonhos.

    Leia mais sobre as oportunidades de voluntariado que a Eco Caminhos oferece.

     

  • Reabilitação em uma fazenda ecológica brasileira: “Um lugar onde você poderá encontrar alívio e clareza”

    Reabilitação em uma fazenda ecológica brasileira: “Um lugar onde você poderá encontrar alívio e clareza”

    Atualmente tenho 21 anos, trabalhei nove meses na Eco Caminhos. Nasci e cresci na Holanda e enfrentei muitos problemas no meu país de origem.

    Eu exigia muito de mim mesmo, por isso eu desenvolvi uma grave depressão. Eu achava necessário ir ao cabeleireiro uma vez por semana, ou no máximo a cada duas semanas.  Eu usava roupas que não precisava. Eu era  muito infeliz comigo mesmo, mas não queria mostrar isso aos outros, os únicos que conheciam meus problemas eram os meus pais, irmão e alguns dos meus melhores amigos. Eu achava muito difícil falar para as pessoas sobre meus problemas, apesar de ir à diferentes psicólogos a  4 anos, e  tentei vários medicamentos diferentes na tentativa de me colocar no caminho certo, mas nada ajudava.

    Eu era um menino que recuava cada vez mais e não tinha responsabilidade nenhuma. Não foi uma situação difícil só para mim, mas também para minha família e amigos. Eu me sentia completamente preso, enquanto as pessoas ao meu redor tinham grandes expectativas sobre mim. Foi depois de anos lutando comigo mesmo que percebi que tinha que deixar tudo o que sabia para trás para iniciar uma mudança na minha vida.

    Através do melhor amigo do meu pai, entrei em contato com Bart Bijen (proprietário Eco Caminhos). Eu conversei com ele e expliquei meus problemas, ele me disse que queria ajudar e que seu projeto e modo de vida  no Brasil eram  a melhor forma para eu começar de novo. Quando eu finalmente decidi enfrentar esse desafio comprei meu vôo para  13 de março de Amsterdã para o Rio de Janeiro. Desde o dia em que cheguei, tentei tudo o que pude para tirar o máximo proveito desta oportunidade e, com isso, consegui aprender muito sobre mim e mudar minha mente completamente.

    Quando estava em depressão, eu constantemente olhava as mídias sociais,. mas aqui no Brasil percebi para que realmente servem essas plataformas e decidi sair de todas elas.  Online, as pessoas estão incrivelmente abertas para mostrar os aspectos positivos de suas vidas e nunca o negativo, e quando eu via as pessoas com suas vidas de sonhos, eu continuava tentando e lutando para ter o mesmo e me comparando constantemente com os outros. Depois de deixar tudo isso para trás a minha mente foi desacelerando gradualmente e fui me sentindo interiormente mais feliz.

    Uma mudança significativa desde a chegada aqui é a minha dieta. Na Holanda, eu consumia muita carne e produtos lácteos, aqui no Brasil, eu estava aberto a mudanças e experimentei diferentes tipos de comida. Depois de um tempo dei um grande passo me tornando vegetariano, o que acredito que impactou positivamente no meu estado mental.

    Aqui em Cardinot, onde o projeto está situado, consegui encontrar a paz que eu precisava para trabalhar nos meus problemas, algo que eu não tinha a capacidade de fazer na Holanda nos últimos 4 anos.

    A natureza é realmente inspiradora e é um prazer acordar aqui todos os dias. A tranquilidade que sinto enquanto estou em meio a um ambiente maravilhoso é algo que eu nunca tinha sentido antes e as pessoas que me cercam são acolhedoras, abertas e respeitosas. Somos 10 voluntários vivendo juntos e a mentalidade grupal e a união são incríveis. As pessoas dentro da equipe estão sempre abertas para ajudar uns aos outros com quaisquer problemas, o que me deu uma grande sensação de alívio, pois nunca me senti confortável na Holanda para falar sobre o que estava acontecendo comigo.

    Eu consigo  falar mais livremente sobre os meus problemas e descobri que é bom falar sobre isso,  o que me deu uma sensação de pertencer a algum lugar.  Algumas  vezes eu chorei por causa das as fortes emoções que surgiram, mas também percebi que isso não nos faz fracos, é parte do que nos faz humanos.

    Aos meus olhos, este é um lugar onde, se você estiver se sentindo preso e sem saída você poderá encontrar alívio e clareza. Estou muito feliz por ter feito essa escolha e eu me sinto muito melhor agora.

    Trabalhamos também com bioconstrução e com a permacultura. É um projeto fantástico e extremamente educacional, trabalhamos todos juntos como uma equipe e, ao final do dia, você sabe que vai dormir se sentindo com o dever cumprido. Descobri que fazer trabalho físico, permite você deixar as preocupações de lado, por sua vez, você se sentirá melhor mentalmente.

    Eu aprendi muito aqui e eu não quero nem saber onde eu estaria agora se eu tivesse escolhido ficar na Holanda. A Eco Caminhos é um lugar para superar seus problemas e crescer como pessoa.

    Se você quiser saber mais sobre nossos serviços de reabilitação, visite Reabilitação – Volte ao básico